Uma solidão demasiado ruidosa

fiction by Bohumil Hrabal

Blurb

"Parecendo remexer, escavar a realidade quotidiana à procura da mais pequena partícula de beleza contida nos seres e nas coisas, Bohumil Hrabal acaba por ser um cronista malicioso e um caricaturista comovente", diz o jornal Libération sobre este autor a quem Kundera chama "uma das incarnações mais autênticas da Praga Mágica". Apesar da sua obra ter sido proibida a partir de 1968, na então Checoslováquia, não deixou de ser um dos autores mais lidos no seu país, através de edições publicadas e distribuídas à revelia do sistema. Tal como o autor nos anos 50, o herói deste livro, Hanta, trabalha na cave de um depósito de reciclagem. Trabalha com uma velha prensa e os seus dias passam-se a comprimir livros e papéis. Mas antes de os destruir, Hanta não pode deixar de observar o que lhe passa pelas mãos: folhear esses livros dá um sentido à sua vida. A instalação de uma cadeia automática capaz de destruir e comprimir livros em enormes quantidades, e a invasão da sua cave por jovens operários-modelo indiferentes que alegremente alimentam as máquinas ultramodernas - evocação da realidade pós-68 - tornam inútil a função de Hanta. Este livro não consegue ler-se sem um sorriso nos lábios, ao mesmo tempo que um nó se aperta na garganta. Uma Solidão Demasiado Ruidosa de Bohumil Hrabal

First Published

1976

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